sexta-feira, 29 de abril de 2011

Gratidão


O amor em nada tem a ver com facilidade, amor combina com superação, com travar verdadeiras batalhas por ele, por amor. No tempo, na história, o amor vem com dilemas, dificuldades, suprimir obstáculos. É preciso que você seja provado e aprovado pra que o usufrua, para que "ele" tome assento em sua vida e una a sua a de outra pessoa, o ser amado.
O amor não se alimenta da carne. Ele vem da alma. Ele reconhece e se deixa reconhecer pelas almas. E a alma é leve, a alma não é limitada ao corpo. Quem se alimenta do corpo, é a paixão.

Sublime mesmo é o amar.

E ele escolheu (pois é ele quem escolhe) fazer em meu peito, sua morada. E de nossas vidas, a união.

Obrigada!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Feliz Cumpleanos




Eu costumava sempre ficar acordada do dia anterior ao meu aniversário, esperava dar meia noite pra poder aproveitar cada mínimo segundo do "meu dia". Algumas pessoas me surpreenderam ligando meia noite e um, por exemplo. Lágrimas emocionadas por dividir com a família, amigos mais um ano e rever outras pessoas que eu só tinha nesse dia tão especial. Sempre gostei destas reuniões felizes, regada a muitas risadas, recordações dos aniversários anteriores..."Nossa, lembras daquela vez que comemoraste na boate?" Eu com certeza fingia que não, mas lógico que lembrava. E como lembrava!

Dia de aniversário aqui em casa era certeza de minha avós aparecerem, principalmente a avó materna, que vinha com alguma lembrancinha, e o famoso açaí, passava o dia aqui, dormia pela tarde no sofá e ia embora pela tardinha. Nossa, era tradição. Sempre foi ! Isso só passou a mudar um pouco porque uma priminha resolveu nascer no mesmo dia que eu... É mole? Tantos primos e a data exclusiva não era mais minha. Eu passei a programar certinho todo o meu aniversário pra não perder um minuto sequer. Roupa nova, cabelo feito, maquiagem impecável. Cada momento era importante sim.

Mas porque? Qual o real significado de aproveitar o aniversário? Será que a gente faz realmente uma reflexão da sensação de espera que nossos pais tinham a nosso respeito? Os nove meses (na maioria dos casos) de aspirações, de escolha de nome, roupinha, com quem mais se pareceria... O reboliço na família inteira, o "parabéns, papai! Parabéns, mamãe!" Será que temos noção de quanto éramos esperados? Eu acho que não, arrisco em responder. O aniversário hoje é comemorado reuniões de amigos convidados, família reunida e poucos sabem de fato agradecer pela vida, saúde diárias.

A cada dia estamos envelhecendo, passando de idade, passando de tempos em tempos, mas quem chega ao final do dia, chama os familiares, os amigos e começa a cantar: "Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos dias de vida!""Ae, cara! Parabéns! Quero vir amanhã de novo, viu? Mais um dia, hein? Quem diria?!" ? Parece que as pessoas só dão valor pra'queles que completam anos mesmo, tipo, a longevidade só será comemorada quando for certinho o dia em que aquela pessoa veio ao mundo... Quanta falta de consideração com o dia que passou, com a experiência vivida hoje.

Eu continuo amando o dia do meu aniversário, mas quer saber? Mudei minha postura em relação ao que realmente significa. Hoje estou comemorando mais um dia viva e vivendo bem. A cada dia escolhendo me amar mais, isso é vitória honrosa. E sabe? A partir de cada dia de aprendizado, digo que não sou a mesma de ontem, e é a mais pura verdade. E se errei ontem, vou batalhar pra que no dia de hoje se não conseguir consertar, que ao menos trabalhe pra que não erre mais a mesma coisa. A vida é assim, erros e acertos. Quem erra é porque está vivo, né?


Feliz CumpleDias!






Lorena Lira



P.S.: Sem comentários anônimos, por favor.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Desespero X Tempo


Desespero .... é ainda sentir na boca, a textura de uma pele, que você nunca mais vai sentir.


(O tempo entra em cena.)


Sabedoria é descobrir que a cada dia uma nova textura se mostrar a sua frente.








Lorena Lira.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Canto Do Mar


"Um homem não entra duas vezes no mesmo rio.
Da segunda vez não é o mesmo homem, nem o mesmo rio."
(Heráclito de Efeso)

(Para ler esse post recomendo ouvir: Canção do Mar - Dulce Pontes

http://www.4shared.com/audio/pihgR8Gk/Dulce_Pontes_-_Cano_do_Mar.htm

Eu tenho medo do mar. O mar é lindo, é cenário pra belas fotografias, é envolvente. Podemos passar uma tarde inteira só olhando pra ele, imaginando milhares de coisas. Imaginar na época das grandes navegações, quantos ferrenhos combates existiram, quantas almas ali se encontraram e se perderam. Os naufrágios. Ah... eu tenho medo do mar. Parece que o mar nos evoca para conhecer seus segredos, acho que não existe o canto das sereias, mas sim o "canto do mar". Acho até que muitos se deixaram envolver por seu canto e simplesmente se prostraram perante sua imensidão e mergulharam em busca de seus tesouros.

Eu nunca fui muito com a cara do Mar não, mas o respeito. Fico no rasinho, onde me sinto segura, se já não sinto meus pés ao fundo, vejo que ele sorri...Vejo que ele lança seus braços em forma de ondas para que eu vá... E por meu medo não volte. Nossa, me arrepio de pensar nos grandes braços que o mar tem e na gargalhada mortal que ele profere. E se não consegue o que quer, esbraveja em forma de tremor e fortes e gigantescas ondas que ele forma, para deixar claro que ele não se satisfaz apenas com a areia da praia, com o cais, seus domínios vão além, e crescem a cada dia.

Ele canta, dança e envolve as pessoas com seu canto e dança para que os faça sentir em casa. Mas eu sou desconfiada. Sempre que utilizo alguma embarcação me agarro em algum "colete". "Riam de mim agora, ele rirá depois". Sou mulher corajosa, mas não cega, nem surda e também não tenho dos melhores fôlegos, mas o que mais parece é que quando chego perto do mar consigo decifrar em seu canto, as outras pessoas que ali também passaram... É assustador, mas envolve... Envolve de uma tal forma. Tal como um sedutor que SEI que me fará mal, mas eu simplesmente não consigo parar de ouvir, pois a voz é como seda.

E não consigo parar de ouvir, mas de longe, ou de um lugar que seja seguro...

Mas até onde meus pés fincarão no fundo? Não sei.

O tempo dirá.




Lorena Lira.



domingo, 25 de julho de 2010

O que existe e o que não existe.




"Nossa, finalmente encontrei você! Você é o Amor da Minha Vida!!".


Eis que surge uma buzina e o Gugu Liberato no fundo falando "Resposta...EEEEEE.... RRADA!!!".

Gente, pelo amor de NOSSO grande Pai. O que é "Amor da minha vida"? O que isso quer dizer? Só posso dizer uma coisa: Não existe. Não existe e .. Não existe! Existe sim uma pessoa que você encontra, gosta do cheiro, gosta da conversa, se sente balançado, e com o passar do tempo vai se envolvendo mais, compartilhando momentos indescritíveis, usufruindo de momentos agradabilíssimos, e os beijos, os olhares tornassem cada vez mais carinhosos, você começa a dedicar sua vida aquela pessoa e tenta fazer com que tudo dê certo pra que vocês continuem juntos.

"Resposta... EEEEEEEE...XATA!!"

Cada mês é um encontro diferente, o romantismo está a mil por hora, beijos abraços a cada minuto, a vontade imensa de estar junto. Os pés na cama se aquecendo. É você olhar pra pessoa que você está e te imaginar velhinha ao lado e ainda assim rindo muito das piadas sem graça que ela ou ele conte. É olhar pra suas próprias mãos e pensar que já tem mais de cinco minutos que vocês não se falam e a saudade já está apertando. É alugar filmes na FOX (não incentivo a pirataria, pelo menos aqui no blog explicitamente é crime, ne? =p) e não conseguir assistir a quase nenhum porque os intervalos entre os beijos, os amassos e otras cositas são muito curtos. O filme era só uma desculpa esfarrapada pra se ver.

O Amor da Sua Vida não existe. Ou você vai me dizer que só chamou de "Amor", "Mô", "Bebê", ou seja lá que outros codinomes você usou, apenas com UMA pessoa? Exclusivamente com uma pessoa? Quantas vezes você disse "Te amo" pra alguém e disse que nunca queria se separar? Gente, façam as contas.


Aí depois, tudo acaba. As nítidas fotos que você tinha da velhice, dos netos, da casa que vocês iriam ter... vão sumindo. Porque ou você ou a outra pessoa "descobre" que é melhor seguir sozinha(o), ou que no meio do percurso encontre outra pessoa que a faça sentir o que você já não sentia mais com "O amor da sua vida" e que finalmente você REALMENTE encontra o seu "Novo Amor da Vida". Complexo? Lógico que é, estamos falando aqui do ser humano. Do ser humano que é inquieto, eternamente insatisfeito, e que enquanto não achar alguém que o faça ficar nas nuvens 24h por dia, até o resto de sua vida (isto é, impossível) ele vai continuar sua eterna busca.

E caros leitores, essa busca para muitos acaba quando finalmente descobrem que O Amor da Vida é aquele que apesar do passar do tempo, das gordurinhas que vão aparecendo, das rugas que vão surgindo, dos problemas, das brigas, até do desespero que o mundo "moderno" nos traz, apesar disso tudo, ele olha pra pessoa amada, suspira e pensa: "Você é a o amor que eu escolhi pra minha vida." E aí então, munido dessa confiança e dessa garra, luta por seu amor, luta pra provar que o "Amor" não deve ser banalizado. Porque amor é construção sim, mas quando se trata de pessoas diferentes, em mundos diferentes, o amor não se assenta em qualquer destino.

Quem ama e é amado. É abençoado. E consegue muito mais quem não desiste.


E mais uma vez o Gugu Liberato aparece e diz:

"PASSA OU REPASSA?"





Lorena Lira.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Em construção.


(Para ler este post, eu recomendo você estar ouvindo "Echelon" 30 Seconds to Mars).

O café está meio amargo, o corpo está suado, a mente está voando... O grande muro que venho construindo tem me levado horas de concentração, dedicação e cuidado. As estruturas não podem mais se abalar, ou pelo menos tem que resistir por muito tempo e precisam oferecer resistencia, fidelidade e proteção. No momento a beleza, acabamento não são colocados em primeiro plano. Esse muro, essa fortaleza, precisa ser eficiente!


Dentro dessa fortaleza, a subsistência. Isso não pode ser deixado para depois, exige calma, exige visão panorâmica e muita confiança. Cada grão dessa cultura será colocado no seu devido lugar, para que não se tenha dificuldade de encontrá-lo. A cada dia será necessário cuidar para que não seque. É dessa subsistência que falo, para que nas horas mais difíceis, a fortaleza continue desempenhando o seu papel.

Outro gole de café. Hum...

Estou olhando a imensidão que essas paredes estão tomando, é um orgulho! Ninguém entrará sem permissão. Não. Entrar sem ser anunciado é para poucos. O chão desse lugar precisa também ser bem reforçado, ninguém vai conseguir afundar, demolir, ou tirar de qualquer outra forma. Se alguém tiver que perder o chão, que seja do lado de fora, no vale que estou adequando. As coisas aqui serão bem calculadas, não posso admitir erros, se eles existirem podem prejudicar toda a estrutura.

O tempo irá fluir. Se tiver que verificar o tempo será pelo céu, assim como os antigos. Relógio atrapalha, relógio sufoca, isso será para o mundo lá fora. Aqui não.


Me desculpe o distúrbio, mas estamos em construção.







Lorena Lira.



quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vivendo e aprendendo.



"Vivendo e aprendendo a jogar
Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando
Nem sempre perdendo
Mas aprendendo a jogar" (Guilherme Arantes)


Eu mudaria para "Vivendo e aprendendo a viver". Viver não é apenas acordar, se arrumar pra ir ao trabalho, chegar lá fazer o que tem que fazer, voltar pra casa...etc..etc e etc. O "viver" que falo, está no intervalo das relações. Quando você fala algo e muda o dia de alguém, quando você acena pra quem você não conhece e diz "bom dia", chega em casa e abraça os seus fazendo com outras vidas sejam contagiadas pela sua. Sim, é desse viver que falo. E porque "vivendo e aprendendo a viver?"

Com o passar do tempo vamos entendendo a nossa importância na grande cadeia dinâmica da vida. Algumas pessoas morrem e não entendem isso, e não se trata de ter mais ou menos dinheiro e sim de "tato", cuidado, atenção. Algumas pessoas levam anos para entender e aprender e aprender, outras precisam passar por um "intensivão", pois sofrem tanto, e o sofrimento às vezes é tão libertador. Liberta a dor. Adoro essas palavras que te instigam a verificar o sentido delas. Os sentidos evidentes, e os que estão escondidinhos, doidos para serem usados.

Tá, vou explicar: Quando estamos felizes, quando tudo está a mil maravilhas, não paramos pra pensar no que está errado em nossas vidas (mas sim, tem sempre algo a se refletir), não paramos pra verificar que rumo estamos dando nela, se estamos de fato seguindo o rumo certo. Agora, quando os fogos de artifício param, quando alguém joga água na sua fogueira, que tanto esquentava, e quando simplesmente alguém corta o motor do seu 737, o que acontece? "Eu sei essa!" A sua vida toda é posta em prova, você reflete sobre tudo e todos e aí começa a tentar enxergar o seu papel na vida dos outros, e o que os outros conseguem fazer com a sua vida.

"Nunca mais ninguém vai fazer isso comigo!" Ei, mas pera lá! O que você fez com você? Colocou nas mãos de outra pessoa a sua felicidade? Isso é saudável? Não, não é. O único responsável por isso deve ser você, então, não coloque nas mãos de outra pessoa essa responsabilidade tão grande. O "outro". Você é você, ele/ela é o "outro".


Aprender a aprender também é preciso. Ter humildade pra se entender que errou e também perceber onde errou é importantíssimo! Imagina, é como se recebesse uma nota baixa numa prova na escola e tivesse que repetir de ano, e colocasse a culpa toda no professor por não ter te dado aqueles décimos que precisava pra passar. "Vou repetir o ano inteiro porque ele não quis me passar". Sim, o que você fez o ano inteiro que precisou desses décimos na prova final? Humildade, minha gente, humildade.

Tudo o que ponho aqui perpassa pelo o que falei mais acima, o tato, a atenção, pois se você tem tato você vai saber controlar seus impulsos, os tais impulsos que acabam com qualquer tipo de relacionamento, seja familiar, no trabalho, e amoroso (esse então?!). Vamos tentar fazer da vida algo mais fácil, mais leve, percebendo o "outro", mas entendendo que cada um tem sua função e por todos serem indivíduos, cada um precisa ter esse tal "tato" pra que a "cadeia" continue equilibrada e todos fiquem no mínimo em pleno vôo e muito bem aquecidos.





Lorena Lira.

InterNey.Net