Celebro a vida que se roga instintivamente em todos os raiares dos já célebres dias. Celebro a morte e a sua instantaneidade honrosa. Honrosa para quem vai. Fúnebre mesmo é quem fica.
O "nunca mais abraçar" é fúnebre... Mumifiquemos, então, nossos entes pra comprovar o quanto somos egoístas. Tão egoístas que para amenizar nossa dor dizemos nosso ente "passou dessa pra melhor". E quem lhe assegura?
Celebro essa vida tão incerta em seu mais célebre cotidiano... acordar, respirar, ouvir, falar, andar, chorar e agradecer pelo dia... A vuda é um conjunto de acordos, convenções... Você celebra a sua e anuncia para o mundo, assim perpetua uma esperança, a vaga esperança de se contentar com alguma coisa, começando pela frase "a vida é um do", a partir daí dobre seu lençol, arrume sua cama, tome seu café (se caso os tiver) e prossiga celebrando sua vida...
As pessoas teimam em acreditar que são eternas... Você não é. Um dia isso vai acabar pra você. Então, respire, tome seu café, pise fundo, toque as pessoas, beije seus pais, ame alguém, pise descalço o chão, faça boas surpresas, diga que você ama, mesmo sem intenção...
Faça valer alguma coisa em sua vida.
Lorena Lira
Texto escrito em 18 de Outubro de 2007.
Três meses após a morte da Márcia.
O "nunca mais abraçar" é fúnebre... Mumifiquemos, então, nossos entes pra comprovar o quanto somos egoístas. Tão egoístas que para amenizar nossa dor dizemos nosso ente "passou dessa pra melhor". E quem lhe assegura?
Celebro essa vida tão incerta em seu mais célebre cotidiano... acordar, respirar, ouvir, falar, andar, chorar e agradecer pelo dia... A vuda é um conjunto de acordos, convenções... Você celebra a sua e anuncia para o mundo, assim perpetua uma esperança, a vaga esperança de se contentar com alguma coisa, começando pela frase "a vida é um do", a partir daí dobre seu lençol, arrume sua cama, tome seu café (se caso os tiver) e prossiga celebrando sua vida...
As pessoas teimam em acreditar que são eternas... Você não é. Um dia isso vai acabar pra você. Então, respire, tome seu café, pise fundo, toque as pessoas, beije seus pais, ame alguém, pise descalço o chão, faça boas surpresas, diga que você ama, mesmo sem intenção...
Faça valer alguma coisa em sua vida.
Lorena Lira
Texto escrito em 18 de Outubro de 2007.
Três meses após a morte da Márcia.
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