terça-feira, 13 de julho de 2010

Aberto para balanço.



Hoje acordei com aquela sensação do sonho ter sido realidade. Acordei com o gosto, o perfume e a textura. Vocês já devem ter sonhado dessa maneira, claro, mas hoje foi minha vez de provar dessa experiência.

Ontem, enquanto estava estudando, me vi voltando a uma época em que tudo o que eu precisava era terminar os trabalhos e me ver livre para o final de semana. Tá, nem sempre eu precisava terminar os trabalhos pra me ver livre, mas era uma das minhas únicas preocupações...Ah! E claro, ter dinheiro pra sair aos finais de semana. Quantas fases já passamos, quantas cenas já presenciamos, nossa, fico tonta só de pensar em tudo o que já vivi.



Há dois anos eu me via em expectativa, tinha dois trabalhos e ainda tinha aulas pela noite na universidade. Saía correndo de um pra não chegar tão atrasada no outro, e quando saía do último ia praticamente deitar num banco da universidade pra ler o material da aula. Sim, lembro disso e muito bem.
Quando as férias chegaram aí sim eu iria finalmente relaxar... Quer dizer, só das aulas pela noite, pois os trabalhos não tiravam férias em Julho. Mas então, as aulas foram substituídas por amistosos encontros pela cidade. Lembro que naquela época eu não tinha muitas esperanças de meus pés saírem do chão ao ver alguém, não, pra mim isso era coisa que não aconteceria comigo. Pra mim, tudo o que já tinha que acontecer, já havia acontecido. Mas não era bem assim...

Durante praticamente dois anos consegui concluir minha graduação, participei de encontros, de jantares, de cinemas. Tive a voz embargada por felicidade, por tristeza, por raiva. Aprendi a ser mais forte, mais gentil com as pessoas. Aprendi a me cuidar, a cuidar mais de mim, claro que com intervalos de descuido (todos tem fases). Eu entendi que quem verdadeiramente te ama, quem verdadeiramente se preocupa com você, não vai lhe deixar na mão por qualquer conflito, e que a amizade tem duas vias.

Passei a me conhecer mais, isso é verdade. Passei a me perceber, pois as vezes a gente pensa que se conhece, mas é balela. Só nas situações mais extremas que nos descobrimos mesmo. Eu me vi uma pessoa fácil de perdoar, mas que no início não compreendia que algumas pessoas não são tão fáceis de fazer isso, não porque querem, mas porque simplesmente são.

A reflexão em torno de tantas linhas pode ser “o que você anda fazendo da sua vida?” O que será, gente, que você vai lembrar daqui a um, dois anos? O que valeu a pena? Quem são seus amigos? E quem é você? Muitas perguntas pra poucas respostas, aposto. Ou alguns, “hã?” Mas vale tentar responder.


Lorena Lira.

Um comentário:

  1. É bacana lembrar como estávamos há 2 anos. Isso dá forças para imaginar como estaremos daqui 2 anos. Se tudo mudou uma vez, pode e mudará de novo. As mudanças NÃO são fáceis mas podem ser maravilhosas.

    ResponderExcluir

Finalmente alguém vai comentar! rs

InterNey.Net